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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

SAMU regional não funciona há um ano, o resultado: pacientes morrendo na rua sem socorro.

Apesar de toda a publicidade feita em relação ao "Samu 192 de Porto Feliz agora é Samu Regional", passados quase um ano, o sistema ainda não saiu do papel na absoluta maioria dos municípios que receberam com muita festa, veículos equipados com Unidade de Suporte Avançado (USA) e Unidade de Suporte Básico (USB). O anúncio dava conta de que as ambulâncias estariam prestando serviços aos usuários dos municípios de Porto Feliz, Votarantim, Sorocaba, Salto de Pirapora. Moradores dessas localidades afirmam que os carros não saem da garagem, cumprindo a proposta de regionalização do sistema a partir de uma Central Regional de Regulação Médica, instalada na cidade de Sorocaba.
As ambulâncias entregues aos municipios em setembro
de 2010, não atendem a população 
Este é um problema em várias cidades do interior de São Paulo. Só na nossa região (Sorocaba), são 13 ambulâncias novinhas, equipadas e que nunca socorreram ninguém. Estão paradas vai fazer um ano e pelos próximos meses vão continuar estacionadas. Só vão sair das garagens se houver um entendimento entre os secretários municipais de Saúde, que pretendem formar o SAMU regional.
Cada uma custou mais de R$ 100 mil. Foram doadas pelo Ministério da Saúde no ano passado. O equipamento é moderno, mas a população não tem acesso.
Desde o ano passado, ela permanece estacionada no Batalhão do Corpo de Bombeiros de Porto Feliz. Essa ambulância deveria estar na rua, mas, por enquanto serve apenas como depósito, para uma série de equipamentos que poderiam estar salvando vidas.
Muitos atendimentos poderiam ser solucionados até mesmo dentro dessa ambulância, porque o médico nessa UTI móvel poderia fazer vários procedimentos, sem ter a necessidade de levar a um hospital.
A prefeitura não quer assumir a manutenção desse serviço. O SAMU funciona em parceria entre Governo Federal, Estadual e Municípios. A justificativa da Prefeitura para o não funcionamento das ambulâncias é o custo de manutenção ou seria desinteresse? Como pode acontecer isso, se, cada prefeitura recebe do Ministério da Saúde R$ 12,5 mil por mês para manutenção das ambulâncias, se o serviço estiver funcionando.
O problema é quem está doente não pode esperar. Ambulâncias do Samu paradas desperdiçam vidas. É uma tragédia brasileira. Não há tradição de organização, planejamento, respeito ao patrimônio público e mais ainda: senso de dever e servir ao público.
Chegou à ambulância e está a quase um ano se deteriorando, enquanto a população fica sem socorro. Morre sem assistência e sem paramédicos. Não tem médicos e a ambulância parada todo esse tempo. Desperdício de patrimônio e desperdício de vidas.
No fundo, eles (Prefeitura), não estão equipados nem preparados para administrar. O pior é que é difícil corrigir o que faltou 10 ou 20 anos atrás: educação até para aproveitar ambulâncias e salvar vidas.
O que está em questão é que a viatura do SAMU, já deveria estar servindo a comunidade, só que o Poder Público não está nem um pouco preocupado com a nossa população e sim com suas questões pessoais, e o maior problema é este. O Prefeito não entende que ser um bom gestor é priorizar as questões que levam qualidade de vida aos cidadãos. Se a equipe do prefeito estivesse recebendo instruções para servir bem a comunidade, com certeza o SAMU já estaria funcionando há muito tempo. Falta competência administrativa, falta amor pelo servir ao povo, falta o dom de ser um verdadeiro servidor do bem público.

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