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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Homenagem a todas as mães portofelicenses



Certo dia, uma mulher chamada Anne foi renovar a sua carteira de motorista.
 Quando lhe perguntaram qual era a sua profissão, ela hesitou. Não sabia bem como se classificar.
 O funcionário insistiu: O que eu pergunto é se tem um trabalho.
 Claro que tenho um trabalho, exclamou Anne. Sou mãe.
 Nós não consideramos isso um trabalho. Vou colocar dona de casa, disse o funcionário friamente.
 Uma amiga sua, chamada Marta, soube do ocorrido e ficou pensando a respeito por algum tempo.
 Num determinado dia, ela se encontrou numa situação idêntica. A pessoa que a atendeu era uma funcionária de carreira, segura, eficiente.
 O formulário parecia enorme, interminável.
 A primeira pergunta foi: Qual é a sua ocupação?
 Marta pensou um pouco e sem saber bem como, respondeu:
 Sou doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas.
 A funcionária fez uma pausa e Marta precisou repetir pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.
 Depois de ter anotado tudo, a jovem ousou indagar:
 Posso perguntar o que é que a senhora faz exatamente?
 Sem qualquer traço de agitação na voz, com muita calma, Marta explicou:
 Desenvolvo um programa a longo prazo, dentro e fora de casa.
 Pensando na sua família, ela continuou: Sou responsável por uma equipe e já recebi quatro projetos. Trabalho em regime de dedicação exclusiva. O grau de exigência é de 14 horas por dia, às vezes até 24 horas.
 À medida que ia descrevendo suas responsabilidades, Marta notou o crescente tom de respeito na voz da funcionária, que preencheu todo o formulário com os dados fornecidos.
 Quando voltou para casa, Marta foi recebida por sua equipe: uma menina com 13 anos, outra com 7 e outra com 3.
 Subindo ao andar de cima da casa, ela pôde ouvir o seu mais novo projeto, um bebê de seis meses, testando uma nova tonalidade de voz.
 Feliz, Marta tomou o bebê nos braços e pensou na glória da maternidade, com suas multiplicadas responsabilidades. E horas intermináveis de dedicação.
 Mãe, onde está meu sapato? Mãe, me ajuda a fazer a lição? Mãe, o bebê não para de chorar. Mãe, você me busca na escola?
 Mãe, você vai assistir a minha dança? Mãe, você compra? Mãe...
 Sentada na cama, Marta pensou: Se ela era doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas, o que seriam as avós?
 E logo descobriu um título para elas: Doutoras-sênior em desenvolvimento infantil e em relações humanas.
 As bisavós, Doutoras executivas sênior.
 As tias, doutoras-assistentes.
 E todas as mulheres, mães, esposas, amigas e companheiras: Doutoras na arte de fazer a vida melhor.
No mundo em que os títulos são importantes, em que se exige sempre maior especialização, na área profissional, torne-se especialista na arte de amar.
 Como excelente mestra, ensine aos seus filhos, através do seu exemplo, a insuperável arte de expressar sentimentos.
 Ensine a difícil arte de interpretação de choro de bebê e de secar lágrimas de adolescente.
 Exemplifique a renúncia, a paciência e a diplomacia. E colha, vitoriosa, ao final de cada dia, os louros do seu esforço nos abraços dos seus filhos e na espontaneidade de suas manifestações de afeto.

Dedico este trabalho a todas as mães portofelicenses, a vocês que sempre me fizeram acreditar na realização dos meus sonhos e trabalharam muito para que eu pudesse realizá-los, meus pais, José Geraldo e Cecília.
A você Patrícia, companheira no amor, na vida e nos sonhos, que sempre me apoiou nas horas difíceis e compartilhou comigo as alegrias e pelas filhas lindas que me deu, Gabrielle e Isabelle

Vereador Gerão

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